sexta-feira, 20 de março de 2009

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Foi-me pedido para publicar este poema por diversas pessoas, através de mails e comentários aqui no blog. Peço desculpa pela demora, mas estava difícil de encontrar o caderno. Aceitei publicá-lo apesar do teor pessoal de quem o escreveu, porque achei que se ela partilhou isto anteriormente, não se importará de partilhar de novo.


Sara, se algum dia leres isto, recebe o meu abraço e espero sinceramente que nunca tenhas deixado de ser a menina que passei a conhecer depois de este texto me vir parar às mãos. (Que é feito de ti?)
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O dia amanheceu cinzento,
como todos daquele ano,
o ano em que me perdi e não me soube achar,
perdi-me nos caminhos do amor e da perdição.
Entrei por portas erradas, meti-me num labirinto sem fim.
E tudo porque precisava de ti...
O sol já não brilha,
o céu escuro já não canta sob as estrelas brilhantes,
o mar já não é o meu espelho, e a lua o meu guia.
Pediste-me uma estrela, entreguei-te o céu e a lua,
pediste-me um poema, entreguei-te o meu coração.
E tudo porque precisava de ti...
Pintaste o meu amor de um vermelho garrido,
achei o fogo nos teus olhos e a dor no teu coração,
mas mentiste-me, fizeste promessas que não podias cumprir.
E eu sempre à tua espera, viajei até aos confins do espaço à procura da esperança que me deste
e me tiraste sem pedir perdão.
E tudo porque precisava de ti...
Não tinhas o direito de me magoar,
de me fazer vaguear em sonhos e esperanças,
para depois me tirares tudo, como um ladrão que rouba um chupa a uma criança.
Não quero as tuas mentiras, nem os teus perdões falsos,
o que vivemos juntos, só foi bom nos meus sonhos.
Esqueçi as estrelas, a lua, o céu eo mar, por um amor que só eu sentia.
E tudo porque precisava de ti...
Foi desde o momento em que me partiste o coração,
esmagaste os meus sonhos e queimaste a minha esperança,
que os dias amanheceram cinzentos...
E tudo porque precisava de ti...

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Sara Mendonça (Creio que era este o teu último nome. Perdoa-me se a memória me atraiçoa)
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1 comentário:

Pearl disse...

Não sei quantos anos tem o poema mas é tão intemporal quanto os elementos!

Adorei ler...

beijos