terça-feira, 24 de março de 2009

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Odeio ler-te. Conheço os teus olhos. A tristeza continua lá, mas agora mais dissimulada, como se alguém que não eu lhes tivesse trazido uma luz e um brilho que eu não lhes fui capaz de incutir. Almoças comigo e falamos sobre as novidades na tua vida neste tempo em que não nos vimos. O teu ideal de mulher. A antítese do que sou e também a antítese daquilo que é o meu próprio ideal. Gosto de mulheres altas, de pernas longas e sorriso franco. Tu não és nada disto, e no entanto é só para te ver que os meus olhos vivem. Fiquei contente por saber as coisas boas, e peço que a vida te continue a sorrir dentro do possível.

E não te preocupes, eu não choro porque não importa a que distância estejas de mim, enquanto eu puder não hão-de haver kilómetros que superem esta minha vontade de estar contigo.

Encontrei umas mensagens que me enviaste o ano passado, as duas únicas que escaparam ao dilúvio que aniquilou o meu telemóvel. Falas da minha "forma perfeita de te amar". Não é perfeita. Se o fosse, tu não estarias onde estás e eu não estaria onde estou. O tempo falhou-nos. O relógio não pára... Quero fazer um novo começo...
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1 comentário:

Anónimo disse...

Beijinho grande... =)